domingo, 22 de abril de 2012

* Dia 22 | Medo





Choro em silêncio, alma ferida de morte,
estico as frases como se assim visse o que ainda está aqui,
camuflado, escondido, esse sentir, no silêncio, meio perdido
o medo.
Logo que amanhece, vai embora
Deixa-me somente, ao ouvido, o ruido da voz, no corpo o calor,
na boca o gosto amargo, indeléveis marcas da sua presença,
ou do meu delírio.
Mas hoje digo a mim mesma…
Hoje vai ser assim, calo o medo, os ais e os sês
E vou viver na quietude dos dias um pouco mais.


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